segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mi casa? São Paulo tropeça de novo no Morumbi e só empata clássico

  Já está virando rotina. Mais uma vez, o São Paulo decepcionou seu torcedor e não conseguiu vencer jogando no Morumbi. O empate em 1x1 no clássico contra o Palmeiras foi o terceiro seguido do Tricolor pelo Brasileiro, sendo dois deles em casa. Desde que o técnico Adílson Batista assumiu o time, foram 5 jogos no Morumbi, com três empates, uma derrota e apenas uma mísera vitória, diante do modesto time do Bahia. Ao todo, dos quinze pontos disputados, foram desperdiçados nove. Muito, para quem pensa em ser campeão.

Dagoberto comemora seu lindo gol no clássico (Folha.com.br)

  O Choque-Rei deste domingo não foi um bom jogo. E nem poderia ser. Se de um lado tínhamos um São Paulo que não conhece o significado da palavra "ambição", do outro tivemos um Palmeiras com uma qualidade técnica muito aquém de suas tradições. Algo que, convenhamos, já não é de hoje. O 1º tempo até que teve lá suas emoções. O São Paulo teve maiores chances, especialmente em chutes de fora da área. Mas foi o Palmeiras quem teve a melhor oportunidade, com Luan mandando uma bicicleta e Rogério Ceni fazendo defesa espetacular. Porém, quem saiu para o intervalo em vantagem foi o Tricolor. Aos 42, Dagoberto recebeu de Rivaldo, saiu bem da marcação de Leandro Amaro e deu um belo toque de cobertura, se aproveitando que Marcos estava adiantado: Golaço, 1x0 São Paulo.
  Porém, parece que o Tricolor não voltou para o 2º tempo. Preguiçoso, foi dando espaço para o Palmeiras, que ainda voltou do intervalo com o atacante Maycon Leite no lugar do volante Márcio Araújo. Logo no começo da etapa final, Kleber jogou na área e Patrick obrigou Rogério Ceni a fazer grande defesa. Aos 16, Marcos Assunção cobrou falta da intermediária. A defesa são-paulina, mais uma vez, falhou grotescamente, e  Henrique, mesmo de costas para o gol, desviou para as redes, empatando a partida: 1x1.
  Depois disso, o que se viu foi um jogo horroroso. O Palmeiras ainda tentava alguma coisa, mas esbarrava na sua evidente limitação técnica, e aos poucos começou a valorizar o empate, chegando até a fazer alguma cera. Já o São Paulo, vergonhosamente, não demonstrava o menor esforço para evitar a perda de mais dois pontos dentro de casa. Enquanto isso, o torcedor, que pagou até 50 reais pelo ingresso, sofria nas arquibancadas. Mais até com a equipe do que com o rigoroso frio.
Com frio e ingressos mais caros, público foi ruim. (Éder Moura)
  Ao final, se o 1x1 agradou os alviverdes, não deixou nenhum tricolor contente. Mais uma vez, o São Paulo perdeu preciosos pontos jogando dentro do Morumbi e não se aproveitou de mais um tropeço do líder Corinthians. Apesar disso, os resultados ajudaram e a equipe manteve-se na 3ª colocação. Mas não foi por méritos.
  Agora, o Tricolor muda o foco para a Copa Sul-Americana. Na quarta-feira, o duelo é contra o Ceará, no Morumbi. A diretoria chamou a torcida e ingressos chegarão a 5 reais, valor da meia entrada para a arquibancada laranja. Porém, de nada adiantará a torcida comparecer se o time não mudar sua postura em casa. É inadimissível um time como o São Paulo não conseguir tirar proveito do fator campo. Time grande em casa tem de vencer. Quando está disputando o título, então, mais ainda. E contra o Ceará a vitória é ainda mais obrigatória, já que o empate classifica os nordestinos. É hora de repensar tudo o que vem sendo feito, enquanto é tempo. Afinal, trata-se do São Paulo Futebol Clube.

Ficha técnica:
São Paulo 1x1 Palmeiras
Estádio: Morumbi (São Paulo)
Público: 16 813 pagantes (17 037 total)
Gols: Dagoberto (SP), aos 42'/1ºT. Henrique (PAL), aos 16'/2ºT.
Cartão amarelo: Cicinho (PAL)


São Paulo: Rogério Ceni; Rhodolfo, Xandão e João Filipe; Piris, Wellington, Carlinhos, Rivaldo (Cícero, 32'/2ºT)e Juan; Dagoberto e Fernandinho (Marlos, 24'/2ºT)
T: Adilson Batista


Palmeiras: Marcos; Cicinho, Leandro Amaro, Henrique e Rivaldo; Chico, Marcio Araújo (Maikon Leite, no intervalo), Marcos Assunção e Patrik (João Vitor, 33'/2ºT); Luan e Kleber
T: Luiz Felipe Scolari


Postado por Éder Moura



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