sexta-feira, 24 de junho de 2011

É um orgulho que nem todos podem ter; Santos vence o Pênarol e conquista a América.

                                 Santistas erguendo a taça da América (santosfc.com.br)
Uma emoção que nunca imaginei na minha vida!
Um torneio que foi mostrando a todos, de como o futebol é inexplicável e que as coisas acontecem quando no momento certo e na hora certa.
Um time com grandes jogadores: aqueles que desequilibram e aqueles que complementam perfeitamente os onze em campo. O que dizer de Ganso, Elano e claro de Neymar.
Podemos apenas assistir, com uma grande pipoca e uma boa poltrona, sendo durante toda a Copa Libertadores da América, um grande programa para aqueles que amam o futebol muleque, o jogo trabalhado da forma que o brasileiro mais admira e gosta de ver.
A Campanha:
O torneio foi fantástico desde o início, no meio e no final. Uma primeira fase, recheada de emoções e confusões, como a pressão da torcida depois do clássico contra o Palmeiras para uma vitória contra o Colo-Colo. Esses é um exemplo de como não tem explicação um esporte tão fantástico e que conquista milhões de pessoas em todo o mundo.
A classificação, só veio na última rodada depois de uma vitória com um Pacaembu lindo com a principal característica da torcida santista: o mar branco. E foi através deste amor do torcedor paulistano do Santos que a equipe conseguiu a classificação em segundo lugar do grupo, atrás apenas do Cerro Porteño, do qual falaremos mais adiante.
As oitavas, uma verdadeira emoção, mas daquelas que o torcedor não quer nunca passar, pois depois de muita pressão em casa, uma vitória curta de apenas 1x0 sobre o América do México. No jogo de volta, um empate que só foi conquistado, graças a um goleiro que não demorará muito e será o futuro goleiro da seleção brasileira, o saudoso Rafael, que salvou o Santos com maios de cinco grandes defesas, sendo fundamental para o time alvinegro.
Nas quartas, um velho conhecido, o Once Caldas da Colômbia. Em Manizalles, uma vitória maravilhosa por 1x0 com um gol no último minuto, do primeiro tempo por Alan Patrick, já no Pacaembu, o que parecia fácil, se tornou um grande roteiro de drama para a massa santista.
Na semi, um adversário muito conhecido até porque, era o mesmo da primeira fase, o Cerro Porteño do Paraguai. Eu estava presente, e vi um Santos nervoso, mas que no final saiu feliz, 1x0 gol do capitão Edu Dracena. Na volta, um drama de certa forma exagerado, porque os paraguaios estavam com uma confiança excessiva, com quase certeza de que a classificação viria. Os torcedores do Santos foram tratados como todos os brasileiros são tratados na America do Sul, como “macacos”, mas isto é um assunto que não deve ser discutido no futebol. Em campo, um jogo que pareci fácil, mas ficou difícil e dramático como é de se esperar em uma Libertadores. Após sair do primeiro tempo vencendo por 3x1, o Santos sofreu muito e o jogo acabou empatado por 3x3, o que era suficiente para passar para a grande final.
Na final, um time que lembra a primeira grande alegria do clube, que foi a conquista da Libertadores de 62, e este adversário não poderia ser diferente, tinha que ser o histórico Peñarol, equipe que estava chegando a sua décima final, na qual cinco delas foram conquistadas.
Na primeira partida, muito drama, mas o resultado que o torcedor santista almejava um empate por 0x0, e como sempre muito confusão e pela primeira vez uma arbitragem justa contra um time brasileiro, pois aos 43 minutos do segundo tempo, o bandeira marcou impedimento do atacante uruguaio que realmente estava dando fim ao primeiro duelo do título.

O Jogo:
Agora sim, o grande jogo, aquele que foi sonhado por todos os 9 milhões de santistas espalhados pelo Brasil afora: a grande final no lindo estádio Paulo Machado de Carvalho, o mais famoso Pacaembu.
                               O Pacaembu, virou um enorme caldeirão (santosfc.com.br)

Eram 40.127 torcedores no estádio, e assim como eu, muitos só conseguiram entrar com o jogo em andamento, mas isso não muda a emoção de ver o Santos em uma final.
A partida, foi emocionante e o Santos completo, mostrou sua força e pressionou muito os uruguaios. O atacante Neymar estava endiabrado e foi mostrando que quando se fala de decisão, o garoto de19 anos não se intimida e assim como na final do Campeonato Paulista contra o freguês Corinthians, foi fundamental para o time e mostrou que queria jogar e conquistar o título.
Com oito minutos, já veio uma grande oportunidade, quando Elano ariscou de longe, fora da grande área, e o goleiro Sosa espalma bem, no canto esquerdo. Isto seria apenas o inicio de uma noite eterna no coração santista.
O Peñarol queria mostrar que não estava ali para ser apenas mais um time no caminho do Santos e sim de ser o verdadeiro time a bater o glorioso, e aos vinte e seis minutos, Martinuccio puxa o contra-ataque, e arrisca o chute cruzado, mas manda à esquerda do gol de Rafael.
Esta oportunidade seria de fato, a única do time carbonero que sofreria de novo com os meninos da vila. Aos trinta e um, em cobrança de falta muito próxima à grande área, Elano tenta bater colocado, mas Sosa espalma, de mão trocada.
No final do primeiro tempo, a melhor chance santista, quando aos quarenta e três minutos, Zé Eduardo tenta passar para Neymar, a bola sobra para Léo, que já chega chutando! A bola passa saí à direita do gol, tirando tinta da trave.


                                  A festa não parou nem no intervalo (santosfc.com.br)


 O segundo tempo era esperado muito, mas muito drama em campo, pois afinal, seriam disputados os últimos quarenta e cinco minutos de Libertadores de 2011. O juiz apitou, e o jogo recomeçou, e no primeiro lance, com 1 minuto de jogo, Danilo tabela com Elano e toca para Arouca, o camisa 5 tabela com Ganso, fazendo linda jogada na entrada da grande área e rola para Neymar. O futuro rei chuta rasteiro no canto esquerdo e corre para o abraço, Santos 1x0 e muita emoção no Pacaembu. Era o início do que seria uma noite eterna na minha vida e na de milhões de santista pelo mundo afora.

                                    Neymar muito emocionado após o gol (santosfc.com.br)


O time uruguaio estava perdido em campo, como um lutador de boxe após uma grande pancada do adversário, e não conseguia assustar o Santos e lhe dava muito espaço para o time fazer o que faz um time com qualidade acima do normal: tocar a bola. Até que aos 23 minutos, o estádio que já tremia como a muito não acontecia, teve mais um momento de êxtase, quando Danilo deixa a marcação uruguaia para trás, olha para o gol e coloca a bola no canto direito, de canhota! Festa no Paca, da-le Santos, 2x0.
                                                    Capitão América (santosfc.com.br)

Emociono-me apenas de lembrar-se de como era a emoção dentro do estádio de ver meu time conquistar um título que era muito sonhado por mim e por todos os torcedores santistas e não tem como dizer algo que não seja emoção em um momento de festa e alegria e por isso falarei de todos os 25 jogadores deste campeonato que estará para sempre na minha vida e na de todos os alvinegros apaixonados.
Goleiros: Rafael (Fantástico durante todo o torneio), Vladimir (não atuou), e Aranha (não atuou)
Laterais: Jonathan (importantíssimo em muitas partidas e fez um lindo gol contra o Táchirta), Pará (sempre bem em todos os jogos que era utilizado), Léo (ídolo eterno da torcida e símbolo de raça e amor a camisa santista), e Alex Sandro (foi importante quando Léo se machucou e fez um belíssimo primeiro jogo da final).
Zagueiros: Edu Dracena (grande capitão e importante em todo o torneio), Durval (guerreiro e o melhor em campo no Uruguai), Bruno Rodrigo (atuou em apenas uma partida e foi bem no Uruguai), e Bruno Aguiar (Atuou apenas no jogo contra o América do México e foi bem quando necessário).
Volantes: Arouca (fantástico durante todo o torneio e sempre eficiente na marcação, já é ídolo da torcida peixeira), Charles (Não atuou e decepcionou, pois se esperava muito depois de sua contratação), Danilo (perfeito durante todo o torneio e fundamental para a classificação e para a conquista), Adriano (um verdadeiro cão de guarda em todas as partidas, é o décimo segundo jogador do time, um monstro), e Rodrigo Possebon (poucas atuações e sempre regulares, mas é um campeão).
Meias: Elano (de volta para a baixada, foi muito importante para o time com sua experiência e qualidade, é um eterno ídolo da torcida e merecia assim com Léo a conquista), Ganso (sem palavras para defini-lo, é um grande jogador e me todos os momentos em que atuou, foi fantástico), Alan Patrick (muito bem em muitas partidas e fundamental para a classificação para a semi do torneio), e Felipe Anderson (não atuou mais tem muito talento, é mais uma jóia da vila).
Atacantes: Zé Eduardo (sempre criticado, mas em muitos momentos eficientes, deixou o Santos com uma bela histórias recheadas de conquistas, boa sorte Zé!), Neymar (não tenho palavras para definir um rei, o melhor jogador do hemisfério sul do mundo e a maior revelação do clube depois do rei Pelé, o melhor do torneio e do time sem dúvidas), Keirrison (atuou pouco, mas é um campeão), Maicon Leite (atuou pouco, mas foi bem, marcou o gol que deixou o time perto da classificação da primeira fase, diante do Cerro Porteño), e Richely (não atuou, mas será útil para o Campeonato Brasileiro).
Treinador: Muricy Ramalho (dizem que técnico não entra em campo, mas o grande mestre resolvei fora das quatro linhas, foi responsável pela conquista com uma boa porcentagem e arrumou o time dando estabilidade para chegar as conquistas do Paulistão e da Libertadores).
Esse foi o Santos Campeão da Taça Santander Libertadores da América, um time que honra o hino do clube quando falamos “NASCER, VIVER E NO SANTOS MORRER, É UM ORGULHO QUE NEM TODOS PODEM TER”, porque ser santista é ser único, ser taxado de pequeno, e ser o único grande clube brasileiro que não veio das grandes capitais, e ser uma instituição que revelou o maior de todos, o Rei PELÉ.
PARABÉNS SANTOS, QUE VENHAM MILHARES DE CONQUISTAS COMO ESSA PARA ASSIM ALEGRAR OS GRAMADOS E OS TORCEDORES BRASILEIROS QUE ESTÃO SEMPRE ORGULHOSOS POR VOCÊ EXISITR E SER ASSIM, UM CAMPEÃO!!!!!!

Postado por: Guilherme Sernajoto



Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.Sosa; González (Albín), Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo, Aguiar, Freitas e Mier (Urretaviscaya); Martinuccio e Olivera.
Técnico: Muricy RamalhoTécnico: Diego Aguirre
Gols:Neymar, a 1min e Danilo, aos 23min e Durval (contra), aos 34min do 2º tempo
Cartões amarelos: Neymar e Zé Eduardo (Santos); González e Corujo (Peñarol)
Renda e Público: R$ 4.266.670,00 / 37.894 pagantes
Data: 22/06/11. Local: Pacaembu, em São Paulo. Árbitro: Sergio Pezzotta (ARG). Auxiliares: Ricardo Casas (ARG) e Hernán Maidana (ARG)



5 comentários:

  1. Parabéns, Sertão. Só quem já sentiu o gosto de conquistar esse título sabe o que isso representa. Pena que, como você disse,é um orgulho que nem todos podem ter. E, exatamente por isso, tem um pessoal aí puto da vida por nunca ter conseguido.

    No mais, vocês ainda não nos igualaram. Para isso, precisam cumprir uma pequena tarefa: ir para o Japão e ganhar do Barcelona. Nós já conseguimos isso. Quero ver vocês...

    Saudações tricolores e bem-vindo ao seleto clube dos tricampeões da América (mas, tricampeões do mundo é outra história...).

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Belissima vitória, o time do Santos se portou muito bem, jogou como campeão, mais essa sua analise ai do elenco dentro da competição, meio mentirosa né? Mais o que vale é a intenção. Parabéns pela conquista, também torci muito pelo Santos, melhor time do Brasil, com dois jogadores extraordinários. Abraço parceiro.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Parabéns!!! Sernajoto, como disse o Éder é um orgulho que nem todos podem ter, apesar de que os grandes de verdade, aqueles que amam verdadeiramente o seu time, não ligam a mínima para isso, nossa paixão aumenta mais e mais pelo nosso time, muitos vivem de títulos, poucos vivem da paixão por um time sofrido, que nasceu para ser grande, que nem por falta de uma conquista se apequena, pois nossa maior paixão não são os títulos, e sim ver nossa camisa respeitada, representada e defendida, com garra e determinação, não vivemos de títulos, vivemos do amor e da paixão por nossas cores, bandeira e camisa, este título nós queremos ganhar, mas nem por isso invejamos vossas conquistas. Aqui são as saudações Corinthianas, a molecada mereceu e seu time está de parabéns, aquele Ganso é fantástico, joga muita bola, o time fez por merecer e representou bem o futebol brasileiro, coisa que o Corinthians não fez e de maneira ridícula e vexatória caiu na fase preliminar, mas tudo bem, o título está em boas mãos, parabéns, mas a falta deste título jamais nos enfraquecerá, não importa a divisão, não importa o campeonato, o que realmente importa é nossa camisa, nós vivemos de "nós" mesmo. Parabéns, mais uma vez, e VAI CORINTHIANS para todos aí!!!!!

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