quinta-feira, 9 de junho de 2011

No centésimo jogo seguido de Ceni, Tricolor mantém 100% e assume a ponta

  Em jogo isolado nesta quarta-feira, fechando a 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, o São Paulo foi a Minas Gerais enfrentar o Atlético-MG, em jogo que valia a liderança para ambas as equipes. Rogério Ceni alcançou outra impressionante marca: completou nada menos que cem jogos seguidos. A última vez que o Mito não entrou em campo foi no empate em 1x1 contra o Mirassol, fora de casa, pela 2ª rodada do Campeonato Paulista 2010. Lucas, que jogou alguns minutos no amistoso entre Brasil x Romênia, um dia antes, no Pacaembu, achou fôlego para ir a campo em Sete Lagoas, permanecendo até metade do 2º tempo.
  Assim como fez na primeira rodada, contra o Fluminense, o técnico Paulo César Carpegiani optou por escalar a equipe no 4-5-1, com nada menos que quatro volantes e apenas Dagoberto no ataque.

Rogério Ceni fez seu 100º jogo seguido (Vipcomm)
  O primeiro tempo foi equilibrado. Ambas as equipes tentavam chegar, mas não conseguiam levar perigo aos goleiros adversários. Até que, aos 21, Wellington tocou para Casemiro, que ajeitou a bola e soltou um belo chute de fora da área, abrindo o placar: 1x0 São Paulo. Pouco depois, Lucas teve grande oportunidade de fazer o segundo, entrando cara a cara com o goleiro Renan, mas bateu mal. No mais, o Atlético ainda reclamou de três pênaltis. Mas, pelas imagens da televisão, ficou bem claro que não houve nada em nenhum deles. Aliás, como me incomoda essa mania que os clubes mineiros (incluindo torcedores e imprensa) têm de ficar choramingando qualquer lance. Não importa se é o Atlético ou é o Cruzeiro. Se o adversário for de São Paulo ou Rio de Janeiro, caiu na área é pênalti. Não marcou, ou marcou um lance polêmico a favor dos adversários? Já está decretado o complô universal contra o futebol mineiro e a favor do eixo Rio-São Paulo, o "eixo do mal". Sinceramente, já passou da hora de os mineiros crescerem e pararem com essa "síndrome do coitadinho".
  Veio o segundo tempo, e o técnico atleticano Dorival Júnior ousou, queimando todas as três alterações já no intervalo. O São Paulo simplesmente não jogou na segunda etapa. Resumiu-se apenas em não deixar o Atlético jogar. E o resultado foi óbvio: um massacre do time mineiro. O zagueiro Leonardo Silva chegou a cabecear uma bola no travessão de Rogério Ceni. O ex-são paulino Richarlyson também incomodou. Primeiro, o ex-camisa 20 tricolor entrou na área e bateu forte, obrigando Rogério a fazer grande defesa. Depois, o volante bateu da entrada da área, Rogério bateu roupa, mas, no rebote, o goleiro-artilheiro conseguiu afastar a bola. Porém, sofreu um choque acidental no rosto e ficou meio "grogue". No mais, o Atlético acabou cansando e, mesmo com incríveis 10 minutos de acréscimos (disso ninguém reclama...), não conseguiu mais levar perigo a Rogério Ceni.
Casemiro marcou o gol da vitória
(Vipcomm)
  Vitória do São Paulo. O 1x0 foi magro e o futebol, mais uma vez, não empolgou. Mas esses três pontos são daqueles que podem definir muita coisa lá em dezembro. Reitero o que disse anteriormente: esse time atual do São Paulo não tem condições de ser campeão. Porém, Luís Fabiano não deve demorar mais para estreiar. E ainda vem cheio de raiva, devido às acusações de "bichado". E, pelo menos no discurso, a diretoria são-paulina tem consciência de que é preciso melhorar e está trabalhando no mercado.  Em meio a tudo isso, esse ótimo começo, com liderança e 100% de aproveitamento em três jogos, o que não acontecia desde 2002, pode sim significar uma ótima gordurinha para quando o Tricolor realmente estiver a ponto de bala.


Ficha técnica:
Atlético-MG 0x1 São Paulo
Estádio: Arena do Jacaré (Sete Lagoas)
Gol: Casemiro, aos 21'/1ºT


Atlético-MG: Renan; Patric, Réver, Leonardo Silva e Leandro; Richarlyson, Toró (Dudu Cearense, no intervalo), Fillipe Souto (Serginho, no intervalo) e Giovanni Augusto, Magno Alves e Mancini (Neto Berola, no intervalo)
T: Dorival Junior


São Paulo: Rogério Ceni; Jean, Xandão, Luiz Eduardo e Juan; Rodrigo Souto, Wellington, Carlinhos, Casemiro (Bruno Uvini, 27'/2ºT) e Lucas (Marlos, 27'/2ºT); Dagoberto (Willian José, 30'/2ºT)
T: Paulo César Carpegiani


Postado por Éder Moura



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